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Publicado em: 16/11/2016 às 14:07
Capoterapia devolve auto estima e facilita socialização a homens e mulheres no Centro Dia do Idoso
Atividade é desenvolvida semanalmente por capoterapeuta voluntário e trabalha expressão corporal, coordenação, equilíbrio, musicalidade, ritmo e interação, respeitando os limites dos idosos participantes

 

Uma roda de capoeira diferente, só com pessoas da Terceira Idade, mas que em matéria de entusiasmo não fica devendo em nada àquelas formadas por capoeiristas tradicionais. Assim é a capoterapia, atividade que vem sendo desenvolvida por voluntários no CDI (Centro Dia do Idoso) “Orlando Denardi”, local implantado e mantido pela Prefeitura para acolher idosos cujas famílias trabalham fora. No CDI eles passam o dia sob cuidados multidisciplinares e voltam para a casa, mantendo, assim, o convívio e os vínculos familiares.

A capoterapia usa fundamentos da capoeira para trabalhar, em pessoas que não têm o costume de pratica-la, aspectos como a expressão corporal, a coordenação, o equilíbrio, o ritmo, a musicalidade e a interação, segundo conta o capoterapeuta voluntário Douglas Henrique Lucas, 34, que vem há mais de dois meses atuando no CDI, sempre às quartas-feiras, no final da manhã. “Todos esses aspectos são trabalhados de maneira segura, respeitando o limite de cada pessoa. De um jeito leve e que possibilita aos participantes, quando menos percebem, interagir com o outro, aprendendo movimentos adaptados, ritmo, relembrando músicas antigas, cantigas de roda, favorecendo a socialização”, descreve ele. “Usamos instrumentos como pandeiro e berimbau para tornar as dinâmicas ainda mais animadas”, acrescenta.

Praticante de capoeira há muitos anos e integrante do grupo existente em Araras, Douglas conta que começou a desenvolver a vivência após o mestre Lau (Laudevino Gonzaga) passar a atuar como o promotor da capoterapia no município. “Ele é quem promove essa atividade na cidade e há outras pessoas envolvidas”, frisa. “Já o idealizador da capoterapia é Gilvan Alves de Andrade, o mestre Gilvan”, cita Douglas, lembrando que todo capoterapeuta faz um curso específico e tem um registro de licença para trabalhar com essa atividade.

Benefícios comprovados

 

Aos 64 anos, Silvia Angelini Melchior é uma das praticantes da capoterapia no CDI, onde é atendida. Para ela, a atividade tornou os dias mais agradáveis. “A capoterapia é uma explosão de alegria na minha vida”, afirma.

Outro que também não perde uma dinâmica é José Zanotti, 79 anos. Mesmo com algumas limitações físicas decorrentes de uma cirurgia, ele colhe os benefícios da socialização gerada na atividade. “Para mim a capoterapia ajuda nesse contato com o próximo, nos leva a interagir mais com as pessoas e eu gosto muito”, garante.

Assistente social e coordenadora do CDI Janice dos Santos Souza assegura que a capoterapia tem trazido ganhos para todos os 15 idosos atualmente atendidos no local. “Física e emocionalmente eles demonstram uma evolução, pois de fato aprendem sem perceber as dinâmicas, interagem mais entre si, relembram canções de roda do tempo em que eram jovens, ficam bastante entusiasmados”, diz ela.

O CDI conta atualmente com outras atividades desenvolvidas por voluntários, tais como aulas de dança, teatro e ações de cuidados pessoais e beleza. “Além das atividades fixas desenvolvidas pelo próprio local”, conclui ela.

 Interessados em desenvolver atividades voluntárias com os idosos do CDI podem procurar o local, que fica na avenida José Ometto, 2000, Jardim 8 de Abril. O telefone é 3551-1073. Todas as propostas são analisadas pela direção do local antes de serem ou não implementadas.

 

Secom/PMA