Empresários responsáveis por empreendimentos abrigados na Incubadora de Empresas de Araras – Núcleo de Desenvolvimento Empresarial Francisco Carlos Cosmo emitiram nesta sexta-feira (29) um documento conjunto atestando conhecimento e transparência sobre a gestão do local. Em carta aberta à população, eles asseguram que, em nome da preocupação com os 110 empregos diretos e 200 indiretos que geram atualmente, fazem questão de assegurar que todas as decisões administrativas tomadas em relação ao local passam antes e depois de concluídas pelo crivo da Comissão Gestora, criada anos atrás com os próprios incubados, visando democratizar os atos internos.
A Incubadora de Empresas é um local implantado pela Prefeitura de Araras em 2004, com o objetivo de abrigar empreendimentos nascentes, dando-lhes apoio operacional e administrativo para que se fortaleçam e depois passem a ocupar outros espaços de maneira mais segura. Funciona em galpões da antiga Copamar, próximo à Igreja de São Benedito. Fica na Rua José Marangoni, 120, Vila Pastorello.
Em regra, os pequenos negócios ficam incubados por até três anos, período em que a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Geração de Emprego e Renda, fornece gratuitamente consultorias, palestras e treinamentos, em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa). Esse conhecimento visa ajudar os empreendedores a aprimorar a gestão de seus negócios, tendo assim mais chances de sucesso. A Prefeitura paga R$ 18 mil por mês do aluguel do prédio da Incubadora e cede dois funcionários administrativos para o local.
A emissão do documento é a resposta dos incubados a atos de um dos empresários abrigado na Incubadora que está questionando junto ao Ministério Público local a forma de funcionamento do projeto. Segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, esse empresário está na Incubadora há mais de 12 anos e vem sendo notificado extrajudicialmente para sair, abrindo espaço para novos empreendimentos. O MP, por sua vez, solicitou documentos à Prefeitura, que encaminhou documentação sobre a Incubadora antes mesmo do prazo final estabelecido pelo órgão.
Os demais incubados enfatizam, na carta, que debatem e decidem em reuniões mensais, com lavratura de atas, as melhorias e reparos que são feitos no prédio da Incubadora, intervenções estas que são custeadas com recursos dos próprios empreendedores, via rateio mensal e com apoio da Secretaria de Desenvolvimento.
Os que ingressaram antes de 2012, conforme decisão da Comissão Gestora, pagam taxa de R$ 3,00 por metro quadrado; para os novos, a taxa é de R$ 4,00 o metro quadrado. Dinheiro utilizado para cobrir despesas como reparos, pinturas, telefonia, vigilância eletrônica, internet, entre outros gastos.
Além de emitir a carta aberta à população, parte dos empresários participou também de uma coletiva de imprensa no gabinete do prefeito Nelson Dimas Brambilla, na manhã desta sexta, para explicar a forma de trabalho da comissão e reforçar publicamente o convite para que a população conheça o trabalho desenvolvido na Incubadora.
Falando em nome dos incubados, André Leveghin, que tem uma empresa no setor de plásticos, disse que sem o apoio recebido na Incubadora não conseguiria realizar o sonho do próprio negócio. “Estou ali dentro há um ano e meio. Ali nós temos todo o apoio para realizar nosso sonho, sem a Incubadora isso não seria possível. Faço questão de participar da Comissão Gestora, pois pago a minha taxa de rateio e vejo onde o dinheiro é aplicado, nos consertos e melhorias que a gente vê acontecerem. Tudo é muito correto”, disse ele.
O secretário de Desenvolvimento Leonardo Dias disse, durante a coletiva, que o objetivo da Prefeitura ao apoiar a gestão da Incubadora é assegurar a continuidade do projeto. “Na época em que ele foi concebido, havia um convênio com o CIEE (Centro das Indústrias do Estado) de São Paulo. Depois, com o Sebrae, que acabou se retirando. Então nós decidimos continuar com esse apoio, justamente para facilitar para os pequenos empreendedores”, afirmou.
O prefeito Brambilla também reiterou a confiança na gestão da Incubadora. “Tudo que é feito ali dentro é com a maior transparência e temos orgulho desse projeto. Vamos aprimorar onde for preciso, mandando para a Câmara se for necessário um Projeto de Lei para aprimorar ainda mais tanto a gestão quanto a forma de ingresso de novos empreendimentos”, disse ele.
Prestigiaram a entrevista coletiva, além de jornalistas locais, também os vereadores Carlos José da Silva Nascimento (Zé Bedé), Eder Donizete Müller e Marcelo de Oliveira, este, vice-presidente da Câmara e presidente de uma Comissão de Assuntos Relevantes criada no ano passado no Legislativo para diagnosticar a situação do emprego no município. Como vereador e presidente da comissão, Oliveira também fez questão de enfatizar a confiança no trabalho realizado na Incubadora. “Somos testemunhas da seriedade e da credibilidade de tudo que é feito no local. Passamos um dia inteiro conhecendo em detalhes cada box, cada empreendimento, cada procedimento. Temos muita tranquilidade e desejo de que esse projeto melhore cada vez mais”, afirmou.
Assinam a carta, que foi entregue à imprensa, também enviada pela Secom junto à matéria sobre a coletiva e disponibilizada no site da Prefeitura, os seguintes empresários da Incubadora: Camila Kroth Costa Salla, Renato Borgato Barros, Mauricio Baschiera, André Luiz Leveghin, Marco Rogério Capuani, Reinaldo Calisto da Silva, Izaac Luiz Alves da Silva, Paulo César Campagna, Luiz Carlos Menegasso, Sônia Aparecida de Oliveira Bernardino, Douglas Marinovic Mendes e Cristiano Burger.
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Secom/PMA
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